A diferença entre os preços das fast fashion chinesas e das varejistas nacionais está diminuindo, diz o BTG Pactual em relatório publicado nesta terça (7). A razão para isso vem da introdução de impostos sobre compras internacionais abaixo de US$ 50.
Em janeiro de 2024, poucos meses antes do início da taxação, a diferença de preços entre as varejistas nacionais e a Shein era significativa. Com oito itens no carrinho, a Shein apresentava preços 28% mais baixos que a Renner (LREN3), 33% menores que a C&A (CEAB3) e 31% inferiores aos da Riachuelo.
Em outubro de 2024, a diferença já havia diminuído. De acordo com o relatório, com a mesma comparação, a diferença caiu para 9% considerando com Renner, 4% com a C&A e 16% com a Riachuelo.
Vale lembrar que em dezembro do ano passado, o Comitê Nacional dos Secretários Estaduais de Fazenda (Comsefaz) anunciou que a alíquota do ICMS sobre produtos importados de até US$ 50 aumentaria de 17% para 20% no programa “Remessa Conforme” a partir de abril deste ano.
Os analistas Luiz Guanais e equipe, que assinam o relatório do BTG, afirmaram que esse ritmo pode trazer um bom momento para o varejo nacional. “Esperamos que esse vento favorável persista, pelo menos no curto prazo”, afirmaram.